Heurísticas (Nielsen)
As heurísticas de Nielsen ajudam a projetar uma boa interface e por consequência uma ótima experiência de uso. São elas:
1 - Tornar estado visível
É essencial que uma interface forneça ao usuário o status em relação à sua posição dentro do sistema, ou seja, informar o usuário sobre qual ambiente ele estava, em que ele está e para quais outros ambientes ele poderá ser dirigido a partir de sua localização.
2 - Correspondência entre o sistema e o mundo real
Um sistema precisa falar a mesma linguagem do usuário, não estou falando apenas do idioma em si, mas da linguagem que o usuário utiliza no dia-a-dia.
Outro aspecto de compatibilidade entre sistema e mundo real são os símbolos usados em uma interface. Parece algo sem muita importância, mas escolher corretamente quais ícones serão usados para colocar em uma interface pode facilitar ou melhorar a compreensão das informações.
3 - Usuário controla e exerce livre-arbítrio
Quando o usuário realiza ações por engano, algo que é frequente, o sistema deve apresentar ao usuário uma “saída de emergência” daquele estado no qual ele entrou para o estado de segurança em que estava, em outras palavras, dê ao usuário o “Ctrl+Z”, pois essa possibilidade de reverter ações remove a insegurança do usuário ao usar a aplicação.
4 - Consistência e padrões
Manter a consistência entre as telas de uma aplicação é essencial para que não seja necessário o entendimento de vários padrões e formas de interações diferentes para cada tela, uma vez aprendido será algo replicável em outros contextos. Além disso, a experiência de uso se torna muito mais interessante, pois não existirá aquela sensação de estar perdido. Muitas vezes o motivo pelo qual os usuários não interagem com as aplicações é essa sensação causada pela falta de consistência e padronização.
5 - Evitar erros
Melhor do que mensagens dizendo que o usuário cometeu algum erro é prevenir que o mesmo não cometa esse erro. Caixas de confirmação, como as que aparecem quando você exclui um arquivo, são um exemplo de como evitar erros.
6 - Reconhecimento em vez de lembrança
O cérebro é ótimo em proteção de padrões e na medida em que objetos, ações e opções ficam expostas para o usuário, mais dicas chegam ao cérebro tornando certas ações familiares, ou seja, é preferível dar ao usuário formas de proteção de padrões do que ter que obrigá-lo a memorizar várias informações na medida em que ele navega pela aplicação. A grande diferença entre reconhecer e memorizar é a quantidade de dicas fornecidas para que um conhecimento seja acessado, considerar padrões fornece muito mais dicas do que tentar acessar memórias.
7 - Flexibilidade e eficiência
O ideal é que uma interface seja útil tanto para usuários leigos quanto para experientes. Leigos precisam de informações mais planejadas para poderem realizar tarefas, mas na medida que crescem em conhecimento sobre uma interface, a necessidade de formas mais rápidas de interação para realizar uma tarefa emergente.
8 - Desenho estético e minimalista
Quanto maior a quantidade de informações, maior será a quantidade de informações que serão comprovadas e decisões que o usuário precisará tomar, por isso, é crucial manter apenas as informações que são realmente necessárias, as informações secundárias podem ser deixadas no segundo plano.
9 - Ajudar o usuário a reconhecer, diagnosticar e recuperar erros
O ponto aqui é ajudá-lo a reparar um erro após ele ter ocorrido caso o “Cntrl+Z” não tenha funcionado.
Um exemplo são aqueles avisos de formulários nos campos que não foram preenchidos corretamente. É uma forma simples de mostrar ao usuário que ele cometeu um erro, onde errou e o que precisa ser feito para corrigir tal erro.
10 - Dar ajuda e documentação
Normalmente essas são as áreas menos acessadas, mas ainda assim elas são importantes dentro de um sistema, pois nunca se sabe quando um usuário irá precisar de uma ajuda. É como se fosse uma maneira “faça você mesmo” do usuário resolver suas dúvidas de quais ações tomar dentro da aplicação, tornando-o mais independente do suporte.
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